O G20 NO BRASIL E SUAS IMPLICAÇÕES
02/12/2024 - Meio Ambiente, Sustentabilidade e Agronegócio
Após 16 anos o Brasil voltou a sediar e presidir o G20, realizado agora em novembro de 2024 no Rio de Janeiro. O grupo integra as 20 maiores economias do mundo, que se reúnem uma vez ao ano em um fórum de cooperação internacional para tratar de assuntos relevantes e estratégicos para estas nações. O objetivo principal é alinhar uma estabilidade econômica mundial, uma vez que, o grupo concentra 85% do PIB mundial. Este ano, no Brasil a presidência do grupo sugeriu temas mais amplos que englobassem também as questões sociais e climáticas, especialmente pelos problemas ocorridos no estado do Rio Grande do Sul pelas enchentes, além de outros eventos climáticos extremos vividos em todas as partes do mundo devido ao aquecimento global e mudanças climáticas. Como resultado do evento no Brasil se teve um acordo, chamado de “Declaração Final do G20”, em que todos assinaram, e que contem assuntos importantes relacionados aos conflitos internacionais e à pacificação mundial, além do cumprimento do Acordo de Paris e o enfrentamento às mudanças climáticas, a tributação de fortunas, e a adesão à “Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, que nasce a partir de uma ação global mais ampla, sendo constituída por 82 países, mais a União Europeia, União Africada, e a ONU. Assim, num primeiro momento o evento aparentemente trouxe uma grande perspectiva de evolução nos temas abordados, onde, espera-se agora o comprimento destes acordos ao longo dos próximos anos, que demandam de bilhões de investimentos. Para o Brasil, o evento também foi importante, especialmente pelo protagonismo de ser o anfitrião e presidente, e também por abrir uma janela de “oportunidade” importante para o ano de 2025, que passa ainda pela presidência do Brics (grupo de nações que inclui a China) e o país sede da COP 30 no mês de novembro em Belém-PA, e que irá reunir cerca de 200 países para tratar as mudanças climáticas globais.
Fonte: Por Alexandre Hüller, in: https://www.jornalgazeta.com.br/colunas/alexandrehuller