Voto sustentável
31/01/2022 - Meio Ambiente, sustentabilidade e agronegócio
Com as eleições municipais chegando, cabe neste momento uma boa reflexão sobre as nossas escolhas em relação às candidaturas disponíveis. Ao confiar o voto a um determinado candidato (a) em uma determinada eleição, muitas são as questões que devem ser levadas em consideração. Assim, aqui neste espaço destinado à reflexão sobre a importância da sustentabilidade ambiental para nossas vidas, sugiro que este fator seja também considerado nesta escolha no dia da eleição. Pois, mesmo, diante de tantos problemas verificados no sistema político brasileiro, e mundial, com tantos escândalos recentes de corrupção, compra de votos, das Fake News, acordos em trocas de benefícios, perca da ideologia e identidade dos partidos políticos, e da própria esperança da maioria da população que isso possa ser mudado, mesmo assim, ainda temos na mão o poder do voto, da escolha. Em relação à sustentabilidade na campanha eleitoral, muito já se avançou, especialmente em relação ao controle e desperdício de propagandas pelas ruas e da poluição sonora, mas muito ainda precisa ser mudado, principalmente na mente dos candidatos e, inclusive, dos eleitores. Quem é da área ambiental sabe que o meio ambiente ainda não recebe o devido respeito e respaldo político na maioria das administrações públicas, especialmente em função de uma crença popular existente neste meio, de que “o meio ambiente é um problema”. Verifica-se ainda que muitos políticos mais conservadores e desprovidos de visão de futuro tem ainda mais dificuldade de aceitar e aplicar as questões ambientais numa perspectiva de sustentabilidade. De que, não é tudo proibido, mas que se têm regras e demanda-se de planejamento e trabalho organizado para prosperar da forma sustentável. Por estes, se usa inclusive, a questão ambiental como desculpa para justificar eventuais dificuldades de se instalar uma grande obra ou grande empreendimento em um determinado local, quando na verdade, muitas vezes o problema é a falta de recurso financeiro para executar a obra, ou de capacidade técnica para se elaborar um bom projeto ou mesmo os respectivos estudos necessários. Assim, sempre insistimos que as ferramentas de proteção ambiental servem para ordenar o desenvolvimento de forma sustentável em termos ambientais, sociais e econômicos. Cabe então aos agentes públicos entenderem, aplicarem e executarem isso da forma correta. Enfim, diante desta contextualização, espero que ao lerem este texto consigam fazer uma reflexão sobre isso, sobre os problemas ambientais que vivemos na atualidade, sobre a real importância do meio ambiente, sobre as propostas dos pretendentes a um cargo de vereador e prefeito, e que consigam enxergar alguém com capacidade de entender e aplicar isso depois de eleito. Ainda, vejam quem propôs isso em seu plano de governo.
Fonte: https://www.folhadonoroeste.com.br/colunas/