O MAIOR DESASTRE NATURAL DA HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO SUL
06/05/2024 - Meio Ambiente, Sustentabilidade e Agronegócio
O estado do Rio Grande do Sul vive neste mês de maio do ano de 2024 a maior catástrofe ambiental e climática de sua história. Os estragos resultantes das enchentes podem ser percebidos em praticamente todas as regiões do estado, onde aproximadamente 150 municípios foram atingidos. Além do alto número de pessoas mortas e ainda desaparecidas, as enchentes provocaram destruições e danos sem precedentes em áreas rurais e urbanas, jamais vistas e esperadas. São mais de 140 mil pessoas fora de casa no estado, localizadas em abrigos ou desalojadas. Cerca de 160 estradas tiveram bloqueios totais ou parciais, deixando cidades ilhadas, com desabastecimentos e trazendo sérios prejuízos aos moradores, comerciantes, produtores rurais, setor de transporte e logística, indústria, dentre outros. Assim, além de tudo isso, iremos ter também um grande impacto na economia do estado quando esta situação de crise passar. Neste momento, o foco está em salvar vidas e dispor os itens básicos à sobrevivência de todos estes desalojados, bem como, de normalizar a situação de tantos outros gaúchos ainda sem luz, água e abrigo, em várias regiões do estado. A situação é tão impactante que neste momento já queremos também conhecer melhor as causas dessa catástrofe, além de pensarmos em soluções para evitar a repetição disso no futuro. Mas a verdade é que a solução e/ou prevenção é desafiadora, morosa, cara e dolorida. O certo é que, infelizmente, tudo indica que iremos passar por coisas parecidas no futuro, pois, conforme aquelas previsões feitas a mais de 30 anos atrás pelos cientistas do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima), que, inclusive, subestimamos, já nos alertavam sobre o aumento dos níveis de chuvas na região Sul do Brasil, ocorrendo em períodos mais concentrados (com ocorrência de eventos climáticos extremos e crise humanitária resultante disso). Agora, aqui está!
Fonte: Por Alexandre Hüller, in: https://www.jornalgazeta.com.br/colunas/alexandrehuller