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Acostumamo-nos a dizer que vivemos na era da “tecnologia da informação e da comunicação”, estimulado por um avanço muito rápido nas transformações digitais e tecnológicas, culminando, agora, na descoberta da IA (inteligência Artificial). Porém, na prática, o que estamos presenciando também é um meio de muita desinformação na sociedade atual. Estas informações falsas ou “Fake News” têm uma capacidade de disseminação absurdamente alta através das mídias digitais atuais. Trata-se de informações inverídicas de todos os assuntos, mas repercutem mais quando envolvem temas polêmicos e ao implicarem em grandes interesses (políticos e econômicos). Dentre estes, destacam-se os temas voltados á política, religião, esporte, meio ambiente e saúde pública. O cenário é agravado ainda quando a atual polarização política mundial é utilizada para desinformar sobre temas extremamente importantes e que impactam na sociedade e na vida das pessoas. Um exemplo disso é o negacionismo ambiental e climático que é praticado já há vários anos, inclusive por governantes, empresários e agricultores que ignoraram as consequências ambientais de suas atividades e decisões. Hoje, o negacionismo ambiental é alimentado através dos meios digitais por teorias da conspiração, radicalismo político e discursos de ódio direcionados aos cientistas e pessoas engajadas no combate ao aquecimento global. Assim, podemos associar uma parcela de culpa dos desastres ambientais atuais provocados por eventos climáticos extremos ao negacionismo ambiental. Pois, se produz muita Fake News para negligenciar às informações e relatórios científicos sobre o impacto dos Gases do Efeito Estufa e do aquecimento global ao planeta. Para isso, também podemos chamar de “desastre informacional”.

Fonte: Por Alexandre Hüller, in: https://www.jornalgazeta.com.br/colunas/alexandrehuller