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Cada vez mais as mudanças climáticas estão tomando conta dos noticiários em todo o mudo, e infelizmente com notícias ruins, associadas às catástrofes ambientais e os impactos sobre o meio ambiente e as pessoas. O principal fator relacionado a isso se deve ao aumento da temperatura da Terra, ocasionado pelas emissões atmosféricas, em especial ao CO2. A mais de 30 anos os cientistas já alertavam sobre as consequências do aquecimento global. Assim, eventos globais, como as COPs foram estabelecendo metas de reduções nas emissões dos gases do efeito estufa até os anos de 2030 e 2050, limitando assim o aquecimento em no máximo 1,5º. Porém, os anos se passaram e as metas não foram cumpridas, e agora estamos verificando as consequências disso. Caso continuarmos de braços cruzados, a temperatura aqui no Brasil, por exemplo, pode aumentar entre 2,0º e 3,5º nos próximos anos, o que, além da ocorrência de eventos climáticos extremos ainda mais frequentes, ocasionará cenários de inviabilidade do agronegócio e produção de alimentos, em boa parte do país, migrações em massa, extinções em massa, problemas sérios de saúde para a população dentre outros. Apesar da gravidade, no Brasil, parece que a questão política e sua polarização interferem muito negativamente neste processo, onde tanto os governos atuais quanto os que passaram não trataram com a devida atenção este problema. Apesar do discurso do presidente atual e da Ministra do Meio Ambiente, não vemos na prática ainda nenhuma proposta ou ação que nos aponte para um cenário diferente dos que passaram. É preciso reestruturar os órgãos ambientais do executivo para combater as mudanças climáticas, aumentar os investimentos, usar da tecnologia atual, da inteligência artificial e da estrutura política e administrativa brasileira para convocar a sociedade para que as mudanças, de fato, se concretizem.

Fonte: Por Alexandre Hüller, in: https://www.jornalgazeta.com.br/colunas/alexandrehuller