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Estamos presenciando na prática, especialmente nos últimos meses, com os resultados dos fenômenos climáticos La ninã e El ninõ, as teorias e alertas que os cientistas sugeriram ao logo dos últimos anos. Que, devido os impactos ambientais resultantes especialmente do lançamento de carbono na atmosfera e aumento da temperatura global, teríamos um aumento dos chamados “Eventos Climáticos E Meteorológicos Extremos”. Os eventos climáticos sempre existiram, mas com o aumento dos gases do efeito estufa lançados pela atividade humana e industrial na atmosfera, e consequentemente o aumento da temperatura global, e da água dos oceanos, provavelmente teremos que conviver, cada vez mais, com estes eventos de forma mais extrema, como as enchentes, estiagens, furacões, tornados, ciclones, incêndios, calor extremo em algumas partes do mundo e frio extremo em outros locais. Na região sul do Brasil, desde os primeiros relatórios do IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima já se falava de um aumento dos níveis anuais de chuvas, porém, em períodos mais centrados. Na prática é isso mesmo que estamos vendo, que as chuvas se concentram em períodos curtos e em altos volumes, enquanto em outros períodos do ano, provavelmente teremos estiagens, mesmo em um ano com altos índices pluviométricos. Já na região norte do país, inclusive na Amazônia, existe a tendência do volume de chuvas diminuírem ao logo dos anos. Ainda, devemos considerar que em todas as regiões a temperatura média anual está aumentando, o que também interfere em uma série de micro eventos climáticos, no desenvolvimento de plantas e demais seres vivos, na produção de alimentos e na saúde do ser humano. Com isso, além de termos que conviver com isso, temos que focar em energias mais limpas, transição energética e lançar menos carbono na atmosfera, para diminuir o impacto do problema.

Fonte: Por Alexandre Hüller, in: https://www.jornalgazeta.com.br/colunas/alexandrehuller