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Neste dia 05 de junho celebramos o dia mundial do Meio Ambiente, data que foi estabelecida pela ONU (Organização das Nações Unidas) ainda no ano de 1972, na Conferência de Estocolmo, considerada até hoje um evento histórico para o tema.
Neste dia, geralmente muitas escolas e instituições ligadas à área ambiental realizam uma série de atividades alusivas ao dia, especialmente plantios de árvores, mutirões de limpeza em rios, palestras, eventos, dentre outras. Porém, neste ano “anormal”, até estas ações ficaram comprometidas. Assim, em tempos de pandemia, o que mais se oferece para esta semana é a realização de uma série de lives e eventos digitais e remotos sobre os temas ligados ao meio ambiente, bem oportuno, inclusive, para o momento, considerado já como o “novo normal”.
Porém, lembrar do meio ambiente apenas no seu “aniversário” não é suficiente para diminuir os impactos ambientais negativos causados pela ação do homem na natureza, tampouco, para construir uma sociedade mais consciente, justa e sustentável.
Por isso, algumas reflexões são importantes neste momento, tais como: Plantar árvores somente no dia do meio ambiente é suficiente? Postar uma foto nas redes realizando plantio de mudas, ou mutirão ambiental apenas nesta semana vai resolver? Lembrar-se da importância da água somente agora, vai mantê-la limpa, potável e disponível para todos? E fazer educação sem fiscalização, é suficiente?
Claro que também não podemos deixar estas datas passarem em branco, pois as atividades de sensibilização e educação ambiental nesta semana, apesar de serem eventos esporádicos, na maioria das instituições, são as únicas atividades mais práticas em que os alunos e integrantes têm a oportunidade de participar sobre o tema durante o ano.
Porém, nossa atuação sobre estes fatores ambientais, independentemente da causa e datas, precisa ser permanente ao longo do ano. E para isso, temos que cobrar também do governo, em todas as esferas e entes, ações mais duradouras e permanentes na área ambiental, em forma de projetos institucionais, políticas públicas, com maior dotação orçamentária e estrutura dos órgãos de meio ambiente. Enfim, que o meio ambiente seja realmente uma prioridade da administração pública, o que não se vê no momento.
Também devemos cobrar uma maior participação da comunidade nas tomadas de decisões. Pois, o que mais se vê nesta era digital, é muitos ativistas de “sofá”, ou críticos de plantão, que passam o ano reclamando, disseminando fake news, mas esquecem, ou ignoram as oportunidades de participação e ajuda no processo. Para isso, sobram espaços e oportunidades, em conselhos, planos, fóruns e comitês municipais, Coredes, audiências públicas, dentre outras.
Mas como o dia do meio ambiente está aí, vamos aproveitar e lembrar a data com muito carinho, debater este tema com os diferentes setores da comunidade, inclusive nas escolas e universidades, de forma buscar alternativas para não mais esquecer do tema até o mês de junho do próximo ano.
Ainda, a oportunidade sugere também um novo olhar sobre nossas atitudes diárias, para viver e atuar de forma mais sustentável, diminuindo os impactos ao meio ambiente, melhorando os índices econômicos e gerando oportunidades e inclusão social.

Fonte: https://www.folhadonoroeste.com.br/colunas/