BRASIL: “O PAÍS DOS RAIOS”
12/09/2023 - Meio Ambiente, sustentabilidade e agronegócio
O Brasil é o país com maior incidência de raios do mundo, com quase 60 milhões de descargas atmosféricas por ano. O fenômeno que ilumina o céu também é perigoso, pois cerca de 500 pessoas são atingidas anualmente no país, onde em média 130 delas são vítimas fatais. Os raios ainda causam outros prejuízos que somam aproximadamente R$ 1 bilhão por ano. Além disso, também causam grandes incêndios florestais, destruindo vegetação e o habitat de muitos seres vivos. E qual a explicação científica para isso? Bom, o Brasil é o maior país da região tropical do planeta – região mais próxima ao centro e mais quente. Por ser mais quente, favorece a formação de tempestades e de raios. Os fenômenos naturais como El Niño e La Niña também podem ter influência. Ambos duram em média de um a dois anos, provocando mudanças na circulação dos ventos, nas temperaturas e, consequentemente, nos relâmpagos e raios. O perigo está na descarga elétrica do raio, cuja média é de 20 mil amperes, equivalente a mil vezes a corrente de um chuveiro elétrico, por exemplo. A formação de um raio se dá a partir da grande diferença de potencial entre as cargas, positivas e negativas, entre nuvens e o solo ou até mesmo entre nuvens, e quando o campo elétrico de uma nuvem supera o limite de capacidade dielétrica do ar atmosférico. Há uma crença popular que diz que durante uma tempestade as pessoas devem buscar abrigo debaixo de uma árvore. Porém, na verdade com isso as pessoas e animais aumentam a chance de ser atingidas por um raio. Algumas árvores atraem mais os raios de acordo com as suas características. Quanto mais seiva dentro do caule e mais profundas as raízes, mais chance existe de a árvore ser atingida. Portanto, a melhor coisa a fazer, é se afastar de qualquer árvore durante uma tempestade. A tendência é que com o aquecimento do planeta venha a ocorrer mais raios, pois o calor favorece a formação de tempestades e de raios.
Fonte: Por Alexandre Hüller, in: https://www.jornalgazeta.com.br/colunas/alexandrehuller