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Após seis anos, volto a dedicar um pouco do meu tempo a expor temas ligados à sustentabilidade ambiental periodicamente neste meio. Assim, mesmo que o período atual não seja favorável para outros assuntos, em detrimento às preocupações sociais relacionadas à saúde das pessoas, e econômicas atreladas aos empregos e dificuldade financeiras que as pessoas e empresas estão ou estarão passando, reparem, que é necessária ainda a abordagem a mais um pilar, daqueles três vinculados ao termo do “desenvolvimento sustentável”, que são (social, econômico e ambiental). Pois, certamente quando esta crise passar, as pessoas, as empresas, o governo, todos terão um foco bem direcionado na retomada do desenvolvimento, que precisa ser sustentável. E, uma das melhores ferramentas para isso é o licenciamento ambiental, que, permite sim o desenvolvimento e crescimento da nação, mas de uma forma mais ordenada, organizada e sustentável, fixando-se algumas exigências legais, técnicas e operacionais para atender aos três pilares citados acima. Além disso, outras questões ambientais precisam ser debatidas por terem relação direta com a situação atual e com o aparecimento futuro de novos tipos de coronavírus zoonóticos, como a Covid-19. Pois, estes surgem muito em função da pressão dos seres humanos sobre os recursos naturais, como por exemplo, do desmatamento, que na Amazônia brasileira foi recorde em 10 anos para o mês de abril, do comércio e caça ilegal de animais silvestres, que é a terceira maior atividade ilícita do mundo, das queimadas, da poluição ambiental, da introdução de espécies exóticas, dentre outros fatores que geram degradação ambiental e perda de habitats para os animais silvestres, aproximando-os assim, dos seres humanos. Lembro apenas, que minha intenção aqui não é de ser um extremista ambiental, muito longe disso, nem de colocar o meio ambiente à frente de tudo, tampouco vê-lo esquecido, mas sim, de dialogar sobre a importância das ações serem realizadas em equilíbrio entre os três pilares da sustentabilidade. Pois, neste momento de pandemia temos visto na prática que nenhum dos pilares se perpetua sozinho, de forma que não dá pra levar em consideração apenas a saúde “social”, sem se preocupar com a questão “econômica” das pessoas e das empresas, onde ambas tem influência ou dependem diretamente de condições “ambientais” favoráveis. Portanto, em momento de pandemia, onde o foco parece ser apenas social e econômico, que, “não nos esqueçamos da importância também do pilar ambiental”.

Fonte: Alexandre Hüller