A ENERGIA MAREMOTRIZ
12/09/2023 - Meio Ambiente, Sustentabilidade e Agronegócio
Ainda no assunto das energias renováveis, hoje destino o espaço para falar da energia maremotriz. Nesta matriz energética, a geração de energia elétrica se dá pelo resultado da movimentação das águas dos oceanos, por meio da utilização da energia contida no movimento de massas de água devido às marés. E, portanto, se trata de uma fonte de energia considerada “limpa”, ou renovável. Esta energia pode ser obtida por duas diferentes formas: pela energia cinética das correntes devido às marés; e energia potencial pela diferença de altura entre as marés alta e baixa. Assim, para a captação destas energias e geração de energia elétrica, se faz necessário a instalação de uma usina, em local adequado de região litorânea. No Brasil, as principais regiões geradoras até o momento são o nordeste e norte do país, onde em regiões como o litoral de São Luis (MA) e Macapá (AP) as ondas se formam em 11 e 7 metros de altura, respectivamente. Mas, apesar desta possibilidade existir, e o Brasil apresentar locais favoráveis para a instalação, os altos investimentos na instalação e manutenção das plantas de geração desta energia atualmente são limitações relacionadas à utilização de usinas maremotrizes no Brasil e da expansão desta fonte alternativa de energia. Existe ainda o chamado desafio geográfico para a geração desta energia, pois, é necessário que exista um desnível das marés maior que 5 metros de altura. Desta forma, se torna fundamental e necessário o desenvolvimento de uma tecnologia adequada para tornar o projeto economicamente viável, além de incentivo ás pesquisas para que esta matriz energética possa ser expandida, ocupando-se os espaços propícios para sua instalação no litoral brasileiro. Por fim, é sempre importante ressaltar que, apesar de ser considerada uma energia limpa, mesmo assim, alguns impactos ambientais, mesmo que menores que em outras fontes, são também gerados neste processo, especialmente em relação á fauna e flora marítima/costeira.
Fonte: Por Alexandre Hüller, in: https://www.jornalgazeta.com.br/colunas/alexandrehuller